quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Sol é igual para todos. Já a sombra...

Na última quinta-feira, 25/06/2009, a assistente social Luciana Lopo foi brutalmente espancada e torturada, por cerca de quatro horas, pelo companheiro(?) Adalberto França. Ela teve os dedos cortados, sofreu queimaduras de cigarro e água fervente, além de facadas e tiros. Adalberto fugiu levando o carro de Luciana.

Foi, como já disse, algo brutal.

O fato ocorreu em Vilas do Atlântico, bairro de classe média-alta de Salvador. Desde quinta-feira não se fala em outra coisa no noticiário local. A foto do criminoso tomou a primeira página inteira do jornal Correio da Bahia. A história foi repetidas vezes mostrada, em todas as emissoras de TV. Qualquer soteropolitano sabe enumerar, na ponta da língua, as atrocidades que Luciana sofreu.

A polícia prendeu Adalberto, já em outra cidade, apenas 4 dias depois.
Entidades civis se mobilizam para exigir o rigor da justiça para esse caso e manifestações já estão programadas para as comemorações do Dois de Julho.

Esse Adalberto, sem dúvida, é um monstro!

Mas, se me permitem acrescentar, ele não é só um monstro. É mais que isso, é um monstro burro!
Por que ele não espancou e torturou uma mulher pobre?
Se tivesse feito isso, ainda estaria solto, já torturando outra mulher e certamente não estaria famoso.

Tantas mulheres pobres são espancadas, torturadas e mortas diariamente, sem que os criminosos sejam incomodados pela justiça. A mídia, então, essa nem se fala! Afinal, quem está interessado em saber que a Dona Fulana, lá da periferia imunda, teve os dedos, ou os olhos, ou a dignidade arrancada? Pobre não tem que ter dignidade, isso é coisa de quem tem dinheiro.

Vamos lá, preparem suas faixas para o Dois de Julho, não percam essa oportunidade de protestar.
Ao contrário do que acontece nas periferias, vai demorar para outra mulher rica sofrer tamanha brutalidade.

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Até pq se eu não gostar vou apagar mesmo!... kk